"Transpatagonia" é o contundente relato desta experiência por uma das últimas regiões do planeta a serem habitadas pelo homem, pontuado por traços autobiográficos, considerações sobre a vida, e extensa pesquisa histórica e literária. Cavallari passou dois anos escrevendo o livro para apresentar, além de um pedaço de sua alma, um pedaço também da alma patagônica.
Os temidos encontros com pumas - um dos objetivos “simbólicos” da viagem para o autor - fenômenos geológicos, personalidades históricas, personagens locais, estradas desertas aparentemente sem fim, rios atravessados pela água são compartilhados com o leitor em narrativa despretensiosa e surpreendente. O livro mantém, desde o início, o olhar questionador e o compromisso com a sinceridade. Como diz o autor: “Em cima da bicicleta sobra tempo para filosofar...”.
A obra apresenta ainda mapas detalhados de percursos e 16 páginas com fotos coloridas, além de tabelas minuciosas como cronograma da viagem, lista completa de todo o equipamento utilizado, (importante como referência àqueles que efetivamente quiserem percorrer o roteiro proposto pelo livro e inventado pelo aventureiro) e a bibliografia e filmografia de referência.